Na data que marca os 133 anos da abolição da escravatura e o Dia Nacional de Denúncia Contra o Racismo, o Brasil tem ainda um longo caminho para se tornar um país racialmente mais igualitário. Este foi um dos temas debatidos na edição de hoje (13) do Programa Bem Viver, que celebrou a luta do Movimento Negro pela conquista de direitos e pelo combate a discriminação.

“Temos uma narrativa que enfatizou muito a importância do Estado na abolição da escravatura, na qual ela aparece como uma dádiva e não como uma conquista de movimentos sociais e popular. É como se as conquistas do povo brasileiro na verdade fossem concessões, ignorando as disputas que os envolveram. O 13 de Maio também é uma conquista da luta social que se tenta diminuir o significado numa tentativa de fazer pessoas permanecerem sob uma cultura da escravidão”, diz o professor da Unicamp Matheus Gato, autor do livro “O Massacre dos Libertos: Sobre Raça e República no Brasil (1888-1889)”.